segunda-feira, 12 de julho de 2010

As coisas fáceis.








Doeu-te ao início, mas agora nem faz diferença. Sentes um pequeno baquezinho,
os teus pés andam um pouco mais devagar, mas não cais.
 Na tua face não se vêm acumuladas quaisquer rugas, as dificuldades não passam
de pequenas pedras que atiras ao rio, e corres para apanhar
as festas, os sorrisos de ocasião, as bebidas pagas
por amigos de hora, o descanso das danças
entre corpos suados e mentes vãs.
Cansaste-te ao início, mas agora és tu quem controla o andamento.
Continuas, se alguém se cansar, continuas mais um pouco
para passar.
Tu não sentes falta de ninguém. Tu não te deixas apanhar por isso
a que os tolos chamam de "amor". Porque o amor é para eles, para os tolos.
Para aqueles que são vulneráveis, que são fracos. E tu és forte, és muito forte.
 Porque o amor é para os tolos, tu consideras-te muito inteligente.
Tão inteligente que a tua vida se resume a um básico trocar de figuras.
Tão inteligente que se torna fácil desistires.
De ti .Da vida. Da felicidade.
Pensa duas vezes, és mesmo feliz?


3 comentários: