Ausente na presença de uma carência,
Induzida por alguém que não quer conscientemente
Mas que conscientemente sente ausente a ausência
Numa nota de música permanentemente
Ecoada.
Um corpo inerte, de coração estrondosa
E escondidamente perceptível!
De grito surdo, plenamente audível
Qual aparência formosa,
De entranhas sujas, fartas…
Que é que existe para além do luar
Que não a escuridão?
É o falar mudo na razão das não razões?
Incertezas,
Coisas inconscientemente dolorosas, que acabam sem noções
Músicas sem refrões.
Quão músico, pode um músico ser,
Sozinho?
Deitar melodias ao ar,
Tendo a plenitude do contraste colorido
Como espectador.
Só o pode ser um sonhador.
E de que serve sonhar,
Sem a ambição do sonho se realizar?
É apenas pensamento e/ou reflexão…
Estou materialmente cheia,
Afectivamente vazia…
«Quando acompanhada, anseia
Estar sozinha…»
Que estou eu, se não só e apenas
Numa sólida presença?
E eu, que preciso de companhia
Que comigo vagueia…
Tanto esperei por esta estada
Mas agora não parece ter qualquer piada…
É preciso sentir…
O calor do teu amor,
Ao em mil rosas de cheiro adocicado
Sorrir…
Aquele velho e antigo,
Cheio de poeira incomodativa
Que eu não consigo limpar,
Fazendo da boa memória
Substância nociva…
Oh, eu estou aqui, nesta indecisão,
Perguntando-me repetidamente
Se é medo da escuridão
Ou da luz…
Questionando porque é que ela me não seduz…
Porque só vejo um caminho…
E na solidão não é preciso estar-se sozinho!
(Material…solidamente)
E a solidão, desenganem-se, não é sinónimo
De negrume ou escuridão
Pois se não encontrarmos o factor que nos conduz
Estaremos em solidão…na luz.
Olha, sabes que mais?...
ResponderEliminarGostei muito.
Está muito bonito mesmo. =)
kiss*
estão brutais todos, tens muito jeito pra isto, continua :D
ResponderEliminarPedro M.
Eu amei , você escreve muito bem .!
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