Entrasse tão depressa
Saisse com apenas um soprar
Algo que nos leva
Um ultimo momento em que tudo acabamos por recordar.
Há quem diga que é o início
Outros repetem que se avizinha o final
Mas quem poderá compreender
O que é morrer
Sendo mortal?
Uns fogem apavorados
Outros esperam desapacientados.
Há ainda os que não sabem esperar
E deliberadamente, se entregam
Pensando que acabam por ser perdoados.
Se fosse o final,
Será que ia ser mais simples?
Mas e se for o início de algo
que não tomamos por banal?
E se não for nada disso
Mas apenas mais um pesado compromisso?
Há quem fale que viu
E tão bem lhe serviu...
Mas que poderá ter visto,
sabendo que era a morte,
Quem nunca esteve morto?
Dizem que foi sorte.
Não tenho medo desse momento.
Desse apagar, talvez desse desligar.
Oh mas que estou eu a dizer
Nem sei do que estou a falar.
Então deixa-as arder
todas as fotografias
em que um dia ao me ver
te possam fazer chorar.
E esquece quando me pegaste na mão
e viste os meus olhos fechar
Quando encostaste a cabeça ao meu peito
E sentiste o mundo desabar.
Lembra cada sorriso que te dei,
Cada lágrima de felicidade
Acredita que onde estiver
Tu serás sempre a minha verdade...
E não era muito melhor,
se vissemos a morte asim?
Não como um final,
Mas como o início
de um renovado sim.
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