sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

What will you protect?

Não chores pequeno grande. Não chores se o mundo hoje se esqueceu de ti. Ele é grande demais para seu próprio bem, e perde-se em si antes de encontrar os outros. O mundo é egoísta, mas eu juro que vou estar aqui ainda que não me vejas.
Tu és maior que o teu tamanho, mas sendo um gigante atinges tamanhos tão pequenos que me apetece colocar-te nas minhas mãos e fechá-las bem, como se faz aos passarinhos. Não para que não fujas, mas para que nada te toque e te fira a pele, mais do que ela já está ferida.
Eu sei que o caminho parece longo de mais, e ainda que tenha todo este palavreado baseado num sentimento de carinho que não me cabe no peito, sei também que tu não vais baixar cabeça. Tu nunca baixas cabeça.
Eu só te queria garantir que se chorares vais ter alguém que vê as tuas lágrimas ainda antes que elas te escorram pela face, e se temeres, vais ter alguém que teme contigo, e por ti. E se quiseres parar um momento, há sempre alguém que vai esperar, ou fazer com que esperem por ti.
Nos textos todos que escrevi sobre ti e a tua falta, nunca me lembrei que tu também deves ter buraquinhos no peito, e que quando faz trovoada eles devem parecer ainda mais frios e húmidos.
Nunca me lembrei que talvez precisasses de uma mão sólida para agarrar quando as tuas pernas não conseguem ter a força necessária para se levantarem.
 Pequeno grande, para mim não passas de ti mesmo. Podes não ser super herói nenhum, mas só com a tua vontade poderias mudar o mundo. Poderias fazê-lo girar no sentido contrário.
Então não chores esta noite, porque amanhã há outro dia para fazer as coisas certas. Não chores pela escuridão, porque só deixas os teus olhos verem o que existe fora de ti. Tu és especial, porque sim.
Não chores esta noite, porque ainda que o mundo não se lembre de ti, eu vou lembrar-me.






      I will protect you. (as long as I can)


(Para uma pessoa especial, uma presença ausente. Os corações podem partir-se, as linhas dividir-se, mas o sentimento que é real, ou aquilo que fica dele, de alguma forma, torna-nos alguma coisa, mais que nada.)

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