sábado, 14 de março de 2009

Promessas...


Promessas

Estejais aqui
Ou do outro lado do luar…
Façais de conta que consegues
Ou deixais-te levar…

Sabeis a verdade
Ditai-la ou esquecei-a…


Tanto apodrece em nós, com o tempo ganha mofo…
Com o tempo o tudo fica oco e seco, sem piada, sabe a nada…
Palavras por dizer, não lutam contra o pó, e nele se transformam… Mais tarde ficam apenas fragmentos de coisas mal interpretadas.
Na verdade, são como as pessoas…Quanto mais tempo andam ás voltas, mais gastas ficam…Quanto mais passam pelo mesmo lugar, mais feridas ficam, quanto mais olham o pôr-do-sol sozinhas, mais frágeis se apresentam…
Só nos perguntamos porque acabaram elas…
E mais e mais perguntas se enrolam e formam um bolo, recheado de indisposição, medo…
Ao pensarmos, depois, na companhia de incómodas melodias do passado, achamos que não foi o correcto…que alteraríamos tudo…Mas será que se alterássemos, nesse preciso momento, não estaríamos nós a pensar o mesmo?
Há que saber que nunca estaremos bem com o que temos, nunca estaremos bem onde estamos, nunca acreditaremos no que dissemos que iríamos acreditar, nunca jogaríamos o que dissemos jogar.
Logo, a verdade é relativa, e as promessas nulas…
As promessas servem para magoar…São como um apoio á alma, uma dádiva ao ódio quando se partem…Mas não estarão elas desde o principio partidas? Vai para além do ser humano fazer promessas e cumpri-las…Eternamente.
A verdade não pode manter-se para o resto de uma vida…Há sempre algo que muda, há sempre algo que falha…uma fissura pequena e não muito profunda num carro blindado…
Então talvez deva perguntar…Porque pensamos nós que todas as promessas são verdades?
Que têm elas de comum?
E nós, porque pensamos nós em verdade, assim que se fazem promessas?
Por incrível que pareça, é difícil de pensar que nos prometem o que não podem cumprir…Achamos sempre que essas são outro tipo de promessas…Aquelas que quem nos ama nunca nos faria.
O único problema, é que todas as promessas são dessas que não se podem cumprir.
Porque numa hora, o sol não nasce, o tempo não avança, o calor não sobe, a actividade não se inicia…E que foi da promessa que me amarias a cada dia??



Voltai atrás,

Não me deixai aqui...

Perdida, sem ser capaz...

De vos não dizer

O quanto me suprimi...


Para ver-te feliz...

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