quinta-feira, 11 de junho de 2009

no name

Debeixo dos meus pés as flores abrem-se para o sol.
Chamam-no com tal entusiasmo, que sinto as pétalas moverem-se no peito do meu pé, desenhando movimentos doces e suaves...Como uma bailarina, saltando pelo palco no seu tutu de cor doce.
Toda a gente a olha com magia ao atravessar os focos de luz...
Eu hoje olhei com magia para ti.
Não sei muito bem para o que olhei, mas sei que vi algo que brilhava, e algo que me fazia brilhar...
Despertava um sorriso estranho.
As flores continuam a abrir-se, de uma forma rápida, como se tivessem medo que o tempo as murche, antes que as suas pétalas se exibam em todo o seu esplendor.
Mas eu não tenho pressa...
Sinto tanto mundo em volta de mim, que me apetece parar para pensar neste momento eterno.
Ficar aqui, encostada á janela fria, olhando os pontinhos brilhantes.
Eu fico sempre aqui.
Hoje apetece-me chorar...Mas um choro que não seja só triste, não seja só mais um daqueles choros que só atacam o coração...
Hoje aptece-me o meu choro de não sei...Um choro que não aparece por nada, e por nada se vai...Um choro que não tem razão, que não levanta, nem cai. Um choro que apenas fica uns momentos, e depois me deixa céptica, sempre a questionar.
Quantas questões pus ao mundo hoje? Ontem? Todos os anteriores dias daquilo a que chamam vida?
Oh eu não sei...Oh eu não me lembro de nenhuma certa, errada, ou contra. Ou mesmo a favor. Talvez nem a indiferente.
São pontinhos difusos que eu observo de dentro do carro.
São pontinhos que se deixam atrasar, ou se antecipam, e me fazem adormecer...
Esta noite, eu estou de férias de mim.
Eu fechei-me para mim, para o mundo, para ti. Fiquei vazia, sim vazia, mas tão cheia, tão inundada do meu eu...
Já sinto a calma entrar pelas narinas com o cheiro da noite....e a música remexer no meu coração.
Há tanta coisa por arrumar lá...Há esperanças pelo chão, e sonhos presos nas paredes meio caídas...Vidas no meio das portas, e saudades emcima do sofá...
Dúvidas como pó impregnado emcima dos móveis...
Tentas, mas afinal já não és capaz...e pensas que ao menos tentaste.
Habituei-me a esta desorganização...mas sei que um dia vou cansar-me dela.
Começo a cansar-me dela.
E depois não sei para onde fugir, e as lágrimas começam a cair...
Chegaste perto de mim como as nuvens no Inverno. Trovejaste, choveu. O vento não parou e correu...uma tempestade a dar entrada no meu caminho. Mas a chuva acalmou, e ficou por aqui...de uma forma quemte. Dancei debaixo dela...Mas agora, agora fazes com que gotas grossas me sufoquem...Já não consigo respirar.
Começa a pender a cabeça, parece fechar-se...uma dor lacinante nas fontes e mil sorrisos a acabarem-se...
[...]

1 comentário:

  1. O teu choro é sempre diferente de qualqer outra pessoa porq tu sentes muito o que choras e valorizas muita as pessoas que passam por a tua vida. Tu és incrivel, és uma menina maravilhosa!
    Adoro-te Inês Valadas --> nome famoso xD
    Beijão

    ResponderEliminar