segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Finalmente.





Finalmente…Finalmente sinto a dor de te ter guardado.
Finalmente consigo sentir os teus espinhos cravarem-se na minha pele, e sabem tão bem
.Nem sei dizer-te quanto tempo eu esperei para sentir o meu coração a estreitar-se, e a minha cabeça a latejar porque tu vais embora.Agora é completo, é absoluto, é tão sólido que quase o posso tocar.Agora és tu, és mesmo tu que me matas, devagar, devagarinho, sem pressa e saboreando cada ferida que me desenhas nas veias do sentimento.Finalmente…Finalmente dóis-me. Dóis-me essa dor que sempre esperei, essa dor que eu sabia que ia chegar, essa dor que estava a demorar tanto.Então força, mata-me. Então, vem, bate-me nas ilusões com toda a força da verdade bruta, e deixa-me no chão.Então, força…Mata-me.Mata-me porque te amo…e porque nunca ninguém antes te conseguiu amar.Mata-me por te impor que saibas lidar com isto…Agora dói…dói em toda a extensão de dores que a palavra dor pode ter, esse pedaço tão grande de ti que me começa a encher…Mais do que era de esperar






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