sábado, 30 de maio de 2009

Chuva de Verão.

Estou aqui. Nem sei quando começou a chover. Nem sei até quando estiveste aí.
Fechei os olhos e caí num semi sono profundo.
Sonhei com mil e um mundos, mil e uma pessoas.
Acabei por acordar e deixei-me atrasar.
Sim, tenho novamente sono, uma nova vontade de dormir e não mais acordar. Acho que nunca me senti tão longe do mundo, tão longe de mim.
Será que ao me querer encontrar, mais me perdi?
O ar está pesado, como eu estou. Respiro fundo em busca de uma corrente fria, por mais minúscula que ela seja. Na verdade ela não chega.
Se fechar os olhos, talvez possa sentir novamente o que fui. Se abrir as minhas portas, quem sabe não volte a corrente de ar fresco que senti.
O tempo anda baralhado e a vida emparelhada nele. Tiro os pés de fora da janela, para sentir a brisa correr, mas isso já não me causa felicidade.
Deverei dizer que estou apenas cansada...Que preciso de mim, do meu tempo, e não o encontro.
Aquele tempo que eu tinha para consceencializar e estar comigo, o tempo que eu tirava para me perceber. Esse tempo foi-me roubado pelo tempo.
A cada momento tenho mais a sensação que vou custar a encontrar-me de novo, que as próximas semanas não terão calma, ou tranquilidade. Talvez sinta a cabeça pesada outra vez. Talvez sinta o coração...Talvez.
Nesta chuva de Verão, com os trovões sobre mim, eu depreendo apenas uma ideia...
O problema dos seres humanos, é eles saberem arrumar tudo o que os rodeia todos os dias, pentear o cabelo todos os dias...Mas nunca tiram tempo para arrumar o coração.

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