sexta-feira, 22 de maio de 2009

Então apenas...desiste.


Calçada rude.

Cidade fria...

Aqui, onde nada dura, mais que o dia.

Mas pela noite a lua sobe

Escalando o céu

e para os sonhadores incuráveis

nesta hora, tudo se pode.

Te cruzas num pensamento benigno

Inundado de tristeza

com esse amor cruel e não digno

de toda a certeza.

O relógio não bate pela madrugada

e isso te deixa descansada...

Mas não sabes tu que o sol rouba a lua

e incendeia o olhar?

Tu sabes que o teu sonho vai acabar.

Aqui, onde a realidade é rainha,

Onde os abraços se dão como anfetaminas.

É urgente, mas sabes que não passa de uma noite

que ficará na imensidão de brumas

até decidir voltar, ou desintegrar,

Pois então, insiste em te deitar.

Crúeis são os fenomenos naturais

Quando não são nossos os assuntos banais

os procedimentos normais.

Mas e agora? Nada há a fazer.

Não paraste e deixaste-te vencer.

Nada apaga esse amor de entardecer

Saído de qualquer imaginação...

Por isso, apenas estende tua mão

e pede a Dele novamente,

Ou esquece o presente

ilusório, que nunca o tocaste

e apenas desiste no vagamente inconsciente.



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