terça-feira, 28 de abril de 2009

Faltam-me...


Faltam-me as palavras.
Em cada som, só abro a boca
e deixo-a aberta.
Parasse algo em mim
E toda esta certeza, passa a incerta.


Fiz uma certa confusão
Em consolar ou calar
O coração.
Mas se a brisa por mim falar,
Ela poderá dizer que não passou de invenção.


O sol não nasceu, neste dia.
Ele não subiu, e a flor se deteu na via (de florescer)
E a cada segundo que passa
Podemos empobrecer ou enriquecer.


Nada disto faz sentido
Não seria meu se o fizesse.
Pois cada argumento meu fica interdito
E jamais alguém o esclarece.


São quadras...Quadras soltas em filas de felicidade.
Não quero eu que elas sucubam na saudade.
Mas se em cada momento pensamos na infelicidade
Como um medo
Uma morte ainda antes de morrer...
É um dom a cabeça erguer,
Depois de escorregar.


São escadas
Subimo-las e o esforço deixa-nos suadas.
Sem querer, lá caímos noavmente
E o "desistir" ataca-nos de forma veemente.
Uma loucura nem demente
Sai do suspiro sufocado de cansaço
E eu ignoro tudo aquilo que faço.


Faltam-me as palavras
Mas eu até sei que são essas palavras que já tenho.
Se fossem riscos, saberia como fazer o desenho
De forma que tudo ficasse direito...
Mas como são palavras
Meio verdadeiras, meio traidoras
Meio puras, meio ruins,
Não lhes encontro o jeito,
E ofereço-lhes uns quantos fins.


Faltam-me as palavras, e os "em mims".

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