quarta-feira, 29 de abril de 2009

Não tenhas disso, de nada disso.



Não tenhas mais de um sonho em ti

Não sigas quem te fala, nem apenas quem te sorri.

Sorrisos mostram-se diversos

E os verdadeiros são mesmo os travessos.


Não tenhas mais do que uma pessoa no teu ser

E escolhe bem, mesmo sem puder escolher

Não deixes que entrem em ti e te roubem

Tudo aquilo que te ensinou a viver.


Não tenhas em ti mais que uma esperança

Elas pagam-se caras, ficam na lembrança

E enquanto a vida passa

Sentes a esperança cada vez amis baça.


Mostra de ti, uma só face, um só polo

Não enganes quem te bem quer

Nunca caias num erro de cantar num solo

Querendo apenas alguém que não vais estar.


Não cresças dessa maneira,

Sem um caminho certo

Deambulando de faixa para faixa

Como um carro num deserto

Pronto a ruir...


E neste momento, não tenhas disto que eu tenho

Nunca sintas o que sinto agora

Nunca tentes o que eu tentei

AGuentar um coração que precisa de sair

Uma verdade mentirosa que precisa ruir

E quando achares que está no momento

Não tentes apanhar cacos, deixa-a partir.


E neste momento eu sinto-me numa contrariedade que eu contrario

Pois talvez caminhe de encontro ao abismo

Com uma vontade própria

Sem seguir qualque abalo de sismo

Apenas insistindo em correr
toda essa estrada longa

Para te puder mesmo ver.

1 comentário:

  1. ...e os verdadeiros...são mesmo os travessos!...lindo!...e para ti...

    "aetas:Carpe Diem quam minimum credula postero."

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