quarta-feira, 8 de abril de 2009

Maneira de ver...

Entrasse tão depressa
Saisse com apenas um soprar
Algo que nos leva
Um ultimo momento em que tudo acabamos por recordar.
Há quem diga que é o início
Outros repetem que se avizinha o final
Mas quem poderá compreender
O que é morrer
Sendo mortal?
Uns fogem apavorados
Outros esperam desapacientados.
Há ainda os que não sabem esperar
E deliberadamente, se entregam
Pensando que acabam por ser perdoados.
Se fosse o final,
Será que ia ser mais simples?
Mas e se for o início de algo
que não tomamos por banal?
E se não for nada disso
Mas apenas mais um pesado compromisso?
Há quem fale que viu
E tão bem lhe serviu...
Mas que poderá ter visto,
sabendo que era a morte,
Quem nunca esteve morto?
Dizem que foi sorte.
Não tenho medo desse momento.
Desse apagar, talvez desse desligar.
Oh mas que estou eu a dizer
Nem sei do que estou a falar.
Então deixa-as arder
todas as fotografias
em que um dia ao me ver
te possam fazer chorar.
E esquece quando me pegaste na mão
e viste os meus olhos fechar
Quando encostaste a cabeça ao meu peito
E sentiste o mundo desabar.
Lembra cada sorriso que te dei,
Cada lágrima de felicidade
Acredita que onde estiver
Tu serás sempre a minha verdade...
E não era muito melhor,
se vissemos a morte asim?
Não como um final,
Mas como o início
de um renovado sim.

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